Friday, October 27, 2006

Batom


Algemas invisíveis amarrando almas
Praças e precipícios, bêbados nas madrugadas Montanhas de tédio, de prédios a fio Mentiras de saias, lagoas e praias São tolas as moças que pensam lograr Poetas e loucos conhecem o mar O amor e o amar, o ódio, o odiar As artes do homem, fingir é forjar - Amemos a nós dois como a nós mesmos Expelindo as nossas mentiras a esmo Nas loucuras da lua, nos embriagar e dançar... Façamos das nossas vidas uma singela prece Mas moça, não apresse o que é eterno Não engane o sentimento verdadeiro, fraterno - Que a sua tocaia de Puma feroz Me pegue veloz, pois eu sou bem ligeiro Trago no peito, a raça do meu Paraná E bebo a malandragem ébria do meu Rio de Janeiro
....
O LADO ESCURO DA LUA

Deixe-me ir
Sorrir pela minha solidez
Contornar o contorno
Em torno de seu coração

Pisar em terras secas
Umedecer corpos secos
Deitar em berços desconhecidos
Pulsando pálido, mirrado de amor...
-
Outono é estação das folhas
Caídas, apáticas como tu
Inverno é frieza na alma
Vento minuano a me congelar

Devastando culpas e meas verdades
Salgados enganos em perversidades
Mocidade tola deleitando o corpo
Gozando afoita, a brevidade de ser
-
Sou entre os pinheiros, o mais alto
Entre os cordeiros, o mais safo
Entre os homens, o mais devasso
Pesadelo das putas e das donzelas
-
Deixe-me ir
Navegar por outros sertões
Embriagar as multidões
Com melancolia e tristeza
-
Sou entre os que cantam, o que se cala
Entre os que silenciam, o que mais fala
Entre os perdidos, o que se encontra
Eu sou a ponta da faca no peito, eu sou a ponta

Polak Poeta

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Muito bom e muito inspirada e inspiradora inspirando...tudo a volta. volta. volta. volta.

vc tá como eu. não pára...não pára. não pára não!

1:02 PM  

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